RTI – Reserva Técnica de Incêndio

Já ouviu falar em RTI?

RTI – Reserva Técnica de Incêndio

A “RTI” é a sigla utilizada no meio da engenharia de segurança ao incêndio no Brasil para se referir a Reserva Técnica de Incêndio, representa o volume de água que a edificação precisa dispor para em caso de incêndio ele possa ser combatido. A RTI tem seu uso tanto para o sistema de hidrantes como para chuveiros automáticos, dessa forma caso a edificação possua a obrigatoriedade desses dois sistemas o volume deve ser somado.

Como saber qual o volume de água minha edificação precisa?

Para se mensurar o volume de água para a reserva técnica de incêndio primeiro é necessário realizar a classificação da edificação, levando em conta o tipo de atividade que será exercida, a área construída e a altura da edificação, altura essa que leva em consideração do primeiro até o último piso ocupado. Com essas informações é necessário verificar quais as exigências da construção, caso seja necessário apenas sistema de hidrante ou também chuveiros automáticos.

Assim é verificado em cada norma técnica correspondentes aos sistemas. Para os Hidrantes de forma geral os parâmetros necessários para mensurar o volume de RTI são a classificação e área construída, dessa forma definido o tipo de sistema e volume mínimo de reserva de incêndio. Já nos chuveiros automáticos o volume é dimensionado conforme o número de bicos de sprinkler que estão contidos na área de cálculo, a vazão que possui cada bico e o tempo de atuação que o chuveiro automático deve funcionar caso disparado, todas essas informações são buscadas nas NBR 10897 ou NBR16981. Assim se obtem o volume de RTI.

Quais critérios devo considerar para instalação da RTI na minha edificação?

Antes da instalação do RTI acontecer, é necessário fazer algumas considerações, onde elas vão orientar e ajudar a prevenir alguns possíveis problemas futuros. Essas considerações são:

  • Qual o tipo de RTI escolhido?
  • Onde posso instalar o RTI?
  • A minha edificação suporta o tipo de RTI e local escolhido para instalação?
  • Devo pensar apenas na parte financeira para escolha do meu RTI?

Para respondermos essas perguntas temos que pensar de forma a atender as normas técnicas e condições da edificação. Elas também devem ter ligação, pois uma resposta depende da outra, ou seja, todas as analises devem ser feitas em conjunto e somente no final escolhido onde e como instalar a minha RTI.

Na hora de escolher o tipo de RTI, temos que pensar no material e modelo. Quanto ao material utilizado para sua composição, o RTI deve ser feito em material incombustível e os modelos são diversos, como por exemplo caixas d’água em torres elevadas, torres tipo taça, fibra de vidro, em concreto impermeabilizado, entre outros.

Para escolher o local onde o RTI será instalado precisamos primeiro definir se ele será elevado, na superfície ou subterrâneo e isso está ligado diretamente a qual o tipo de caixa d’água será utilizada.

Por exemplo, se queremos construir um RTI elevado, ele será construído acima da edificação, com uma caixa d’água de fibra de vidro, ou concreto? Ou preciso de espaço no terreno para construir um reservatório elevado do tipo torre? Ou seja, deve ser analisado onde pode ser locado o RTI exigido, se dá pra construir no terreno, ou dentro da edificação.

Porém não podemos focar apenas no espaço para construir o RTI, mas também levar em consideração se a estrutura existente, no caso de a edificação já estar construída, ou a estrutura a construir suporta a carga exercida pelo RTI.

No caso da edificação existente, deve ser feito um Laudo Técnico Estrutural por profissional habilitado e capacitado indicando se a estrutura existente suporta aquela carga adicional, caso a resposta seja positiva, o RTI pode ser construído naquele local, caso a resposta seja negativa, deve ser identificado outro lugar para construir o RTI. Quando a edificação ainda será construída, os projetos estruturais devem prever a carga exercida pelo RTI na estrutura da edificação desde a sua composição, garantido que quando o RTI seja instalado de forma que a estrutura não seja prejudicada.

Alinhado a todos esses critérios já comentados anteriormente, devemos pensar também no custo que a instalação do RTI irá nos gerar, não apenas no que será mais barato, mas também no que diz respeito a qualidade e duração, pois assim como a edificação precisa de manutenção para aumentar a sua vida útil, o RTI também precisa, e se isso for mensurado antes da instalação, gastos futuros com o RTI podem ser evitados.

Depois que todos esses critérios forem considerados podemos instalar o nosso RTI de forma mais eficaz, evitando dores de cabeça na hora de executar a obra.

Autores: Eng. Civil Esp. Marina Cauduro Camello

(24) Marina Cauduro Camello | LinkedIn

Eng. Civil Lucas Vinicius Vianna da Silva

(24) Lucas Vianna | LinkedIn

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